terça-feira, 29 de maio de 2012


O milagre da vida, da geração e nascimento de um bebê, é apenas o portal para vários outros pequenos milagres. Este grande milagre não é apenas biológico ou físico, mas um milagre psicossocial que influenciará a vida de todos com qualquer ligação ao bebê.
Nosso “pequetito” milagre se chama Ghael e nos trouxe grandes alegrias e surpresas. Éramos, eu e minha esposa, apenas namorados. Acabamos nos casando e aproximando as famílias de forma natural e surpreendente. Mesmo aqueles familiares com pouca convivência foram se aproximando de forma a se tornarem “de casa”.
Desde a descoberta da gravidez até o presente momento e, espero, para sempre, nos tornamos, eu e minha esposa, pessoas extremamente sensíveis, muito mais carinhosas e amorosas, não só com o Ghaelzinho, mas com tudo que nos cerca. Uma transformação fantástica que nos deixa curiosos, afinal foi da noite para o dia.
Penso que é da natureza, porém sem explicação científica, o processo de maturação instantâneo ao que os pais se deparam ao descobrirem que serão saudados nos próximos dias dos pais e dia das mães que sucederão. Algo de grande magnitude, porém invisível, intocável e silencioso, mas que todos percebem.
As dificuldades do dia-a-dia são inevitáveis, mas com um milagre deste tamanho em nossas vidas fica difícil não ter forças e vontade de vencer todos os desafios.
Um milagre, uma benção, uma fortuna em um pequeno ser que levará dos pais todo ensinamento necessário para se tornar uma grande pessoa, com valores intocáveis e de caráter inquestionável.
Há uma questão que o homem sempre aborda: qual o sentido da vida? Acho que descobrimos a resposta no dia 17/11/11 às 11:01hs, numa linda manhã de primavera.
Desejamos a todos os pais e futuros pais que sintam, pelo menos uma parte do que sentimos em relação ao nosso milagre Ghael. Que seus filhos e futuros filhos sejam para vocês o sentido da vida e que dediquem ela a seus filhos, como nós.

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Primeiro Debate Eleitoral de presidenciáveis em 2010 - BAND



Caros amigos, quem pode acompanhar o debate dos candidatos a Presidente da República, nesta dia 5 de Agosto, percebeu algumas coisas que vou citar.

Primeiramente, sim, é verdade, Dilma estava nervosa e até gaguejou um pouco. Serra e Marina também estavam nervosos. Na verdade só Plinio Arruda não estava pois não tinha nem um compromisso ali a não ser divulgar o próprio partido e candidaturas regionais, como fez.

O que diferenciou os outros 3 candidatos, no que se refere a pergunta "Quem ganhou o debate?", foi o conteúdo, seus projetos e seu histórico no(s) governo(s).

Vamos lá!

Dilma questionava Serra sobre o que achava dos programas do governo Lula. Serra não falou mal de nenhum, apenas tentou desqualificar com a citação "que está funcionando bem ou mal" e coisas desse tipo. Mas nem Serra, o maior oposicionista do governo Lula conseguiu discordar de que as coisas andaram e deram certo, inclusive, usa os avanços do governo Lula para argumentar que tudo isso começou no governo anterior (FHC, que por sinal Serra tenta esconder de todos que esse governo também era seu)

Serra, quando falou que não se podia discutir o futuro olhando pelo retrovisor foi muito infeliz. Oras, se ele próprio estava falando que as mudanças começaram no governo anterior!?

Serra não consegue aceitar a qualidade do governo Lula. Eles tentaram derrubar Lula mas a sociedade brasileira os calou em 2006 com a reeleição de Lula. Dilma agora canta aos ventos os avanços do Brasil. Serra se corroe por não conseguir pregar o contrário.

Serra precisou manobrar muito a realidade dos fatos para colocar Dilma na parede. Enquanto Dilma o colocava na parede perguntando: Qual sua opinião sobre o "Luz para Todos"?

Ou seja,

Serra com toda sua experiência em debates não tem como ganhar um se quer debate de Dilma.

O motivo é simples, Dilma tem 8 anos de um governo que deu certo nesse país. Tem números, tem conteúdo mesmo não tendo habilidade de debate.

Serra pode ser habilidoso, político malandro, mas não tem resultado nem nos 8 anos de FHC nem no Governo de SP. Seus resultados são todos voltados para a elite, nenhum para as classes mais pobres.

Dilma venceu o debate por Lula ter vencido no Governo.

Douglas Bresolin

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Grande Lula!

FHC, o farol, o sociólogo, entende tanto de sociologia quanto o governador de São Paulo, José Serra, entende de economia.

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.

Lula, o “analfabeto”, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.

Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares, e não quebrou a previdência como queria FHC.

Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG – Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.

Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis.

Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.

Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Têm fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.

Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.

Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.

Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.

Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.

Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual.

Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush – notada até pela imprensa americana – e agora tem a mesma empatia com Obama.

Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá, nos “States“.

Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas.

Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.

Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.

Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.

Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.

Pedro R. Lima, professor
Postado no Pimenta na Moqueca

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Morte evita falência financeira de Michael Jackson


Ah tah! Então vou morrer também!

Olha o título da matéria. Os caras só podem estar de brincadeira.

É cada uma que me aparece...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Pense nisso na hora de votar. FHC (SERRA) ou LULA (DILMA)?

Os números a seguir foram extraídos do Relatório do Fundo Monetário
Internacional, efetuando-se um comparativo entre o atual Governo Federal e
o anterior. Esses dados podem ser conferidos no endereço:
http://www.imf.org/external/np/sec/pn/2005/pn05166.htm (Fundo Monetário Internacional)

1 – MÉDIAS BALANÇA COMERCIAL (bilhões de US$)
- FHC (PSDB) (1995/2002): -2,442
- Lula (PT) (2003/2005): +34,420 (recorde)

2 – SUPERÁVIT COMERCIAL (bilhões de US$)
- FHC (1995/2002): -8,7 (déficit)
- Lula (2003/2005): +103,0 (superávit)

3 – RISCO- PAÍS PTS
- FHC (Jan/2002): 1.445
- Lula (Jan/2006): 290 (recorde)

4 – JUROS
- FHC (Jan/2002): 25,00%
- Lula (Jan/2006): 18,00%

5 – INFLAÇÃO
- FHC(2002): 12,5%
- Lula(2005): 5,7%

6 – DÓLAR R$
- FHC (Jan/02): 3,53
- Lula (Jan/06): 2,30

7 – RANKING DO PIB MUNDIAL (PPP) (trilhões de US$)
- FHC (2002): 1,340 -> 10º
- Lula (2004): 1,492 -> 09º

8 – BOVESPA PTS
- FHC (Jan/02): 11.268
- Lula (Jan/06): 35.223 (recorde)

9 – DÍVIDA EXTERNA (bilhões de US$)
- FHC (2002): 210
- Lula (2005): 165 – E caindo mês a mês…

10 – DÍVIDA COM O FMI E COM O CLUBE DE PARIS EM DOLÁR
- FHC (2002): O governo não informou o valor da dívida.
- Lula (2005): 0,00

11 – SALÁRIO MÍNIMO (US$)
- FHC (2002): 56,50
- Lula (2005): 128,20

12 – DESEMPREGO
- FHC (2002): 12,2%
- Lula (2005): 9,6%

13 – TAXA ABAIXO DA LINHA DE PROBREZA
- FHC (2002): O governo não controlava este índice. Segundo dados,
ultrapassava os 35%.
- Lula (2004): 25,1%

Fonte: http://novo-mundo.org

domingo, 16 de maio de 2010

Querer, acreditar, poder e apostar

Eu só queria dizer;
Eu só queria poder;
Queria poder saber;
Queria ter o direito de saber,
saber que posso dizer o que sinto que devo fazer.

Queria entender;
Queria acreditar;
Queria acreditar que posso entender;
Queria saber o que posso fazer, o que devo dizer e entender o que sentir.

Devo saber;
Devo entender;
Não sei se devo dizer;
Não sei se devo acreditar, se posso acreditar e se posso sentir.

A única coisa que sei é que já não sei de mais nada.
Sei o que quero, mas não sei se devo querer;
Não sei se posso querer e isso eu deveria entender, mas não entendo.
Não sei se devo acreditar e nem sei no que.

Devo esperar;
Esperar algo acontecer;
Mas não encontro o saber;
Pois não sei o que vai ou o que deve acontecer.

O que sei é que estou aqui;
Esperando respostas de eu mesmo;
Respostas que não dependem só de mim,
mas que serão as respostas que determinarão a continuidade ou o fim.

Acredito no que quero e no que não quero;
Acredito no que devo e no que não devo;
Acredito nas pessoas como elas são;
Estou aqui, pagando pra ver, qual vai ser a sua reação.

Eu estou aqui;
Disposto a acreditar;
Mesmo sem saber;
Mesmo sem entender.

Estou disposto a acreditar e me arrepender;
Estou no jogo e o jogo é pra ganhar ou perder;
Estou querendo apostar;
Mas não sei onde a roleta vai parar.

O que sei é que já escolhi em qual jogar.
A roleta está a girar;
Eu a esperar...
E o resultado só o destino irá revelar.

Douglas Bresolin

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Reflexão Sobre Homossexualidade

"Em uma conversa com um amigo discutiamos a respeito de pessoas homossexuais. Ele dizia que, segundo o ciclo da vida, as pessoas deveriam ser heterossexuais para que, assim, a reprodução da espécie não se perdesse. Finalizou com a afirmação de que o homossexualismo não passa de uma aberração da natureza comparando até com diversas doenças neurológicas. Talvez sua ideia faça sentido analisando friamente ou somente quanto ao ciclo evolutivo atual e de antigamente. Porem discordo dessa maneira de ver as andanças da vida. Talvez por meu combate ao preconceito, talvez por minha mente apaixonada por poesia ou por crer até o fim no amor chegando a colocá-lo como valor fundamental existente. Acredito que quando nascemos não temos a certeza do que vamos gostar quando adultos. Até porque não há a necessidade disso. As coisas acontecem. Brotam. Manifestam-se. Assim como descobrimos que não gostamos de beringela e sim de tomate. É natural. É a forma que encontramos para ser felizes.

Então não concordo e penso ser uma lástima quem pense que o gosto seja uma aberração. Pois se preferimos homem a mulher, tomate a beringela, inter a grêmio, a escolha é exclusivamente nossa e ninguém possui a moral de julgar e criticar. E pensando bem, não concordo mais que o homossexualismo ande contra o ciclo da vida. Talvez seja falha de Deus, ou de quem criou tudo isso, de permitir que o amor seja reprodutivo somente a pessoas diferentes sendo que todos têm o direito de amar e colher o fruto desse afeto."

Texto de Gabi Balhejos.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Tá bom, já deu né!? Larga fora Yeda!


A governadora tucana Yeda Rorato Crusios já passou faz tempo de todos os limites.

Nós, gaúchos de bem, não aceitamos mais o (des)governo de uma pessoa que só falta mudar o nome do Rio Grande do Sul para Rio Pequeno do Sul.

Faz teu papel de cidadão também. Coloque no Orkut ou Twitter ou outro meio de comunicação a frase: Fora Yeda!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Olimpíadas no Rio em 2016

Vi alguns setores da mídia criticando as Olimpíadas no RJ.

Sobre isso, não podia deixar de postar o que penso.

Mesmo que as Olimpíadas não rendam R$ 1,00 de ganho ao Brasil, é uma vitória. Vitória do povo brasileiro.

Quando elegemos o Lula presidente, era isso que queríamos, um país desenvolvido, forte, que pudesse competir de igual com os países mais poderosos do mundo em tudo. Neste caso, as Olimpíadas e a Copa do Mundo de 2014, representam a melhora significativa da imagem "Brasil" lá fora.

É importante ficar claro que isso não aconteceu porque seria natural, já estava na hora, não mesmo. Aliás, quem disse isso foi o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, que faz oposição ao melhor governo da história do Brasil, ao presidente mais popular do mundo. Só garantimos essas conquistas por ações do governo Lula.

A crise financeira mundial, por exemplo, está sendo superada no Brasil como em nenhum outro país.
Os investimentos nas estatais, atente-se à PETROBRAS como exemplo, onde os investimentos em pesquisas resultaram no Pré-Sal, como todos já sabem. Depois disso a responsabilidade do governo federal em garantir que o lucro do Pré-Sal se reverta para o desenvolvimento do Brasil e não seja explorado por outros países, como faríam os oposicionistas como Sérgio Guerra, FHC, José Serra e Yeda's por aí a fora.

Os incentivos ao crédito que presenciamos desde que Lula assumiu o Brasil, garantindo liquidez ao mercado (o dinheiro gira e se multiplica), como redução de IPI para produtos essenciais para o nosso mercado interno. Aliás, o fortalecimento do mercado interno, a neutralização da dívida externa, essa tão sanada que o o governo declarou hoje que empretou 10 bi de reias aos antigos credores, o FMI. Ou seja, de tomadores de empréstimos (quando não se tem capital $) passamos a credores (quando se tem capital $).


Essas dentre outras tantas medidas garantiram nossas vitórias perante o mundo.

As Olimpíadas e Copa do Mundo trarão benefícios históricos se bem executadas. Deixarão a marca Brasil forte no exterior, atrairão investimentos internacionais para nosso território e isso nos dará impulso rumo a um país mais desenvolvido.

Parabéns a todos que compões esse governo histórico, com garra, coragem e determinação.

Ano que vem é ano de eleição presidencial. Cuidemos bem quem quer o Brasil pro brasileiro e quem quer o Brasil para os outros.


Deixo indicado meu candidato a Presidente - Ciro Gomes (PSB).


Logo faço um artigo sobre o (Des)governo do Rio Grande do Sul de Ieda (guardou o Y para não ser confiscado pela justiça).

Um forte agradecimento aos pacientes leitores deste humilde blog. Comente, critique e dê sugestões de postagens.

Obs.: Não tem jeito de formatar direito esse blog. Mas eu tento...

sábado, 25 de julho de 2009

Loucura...


Ser louco não é fácil, precisa-se de coragem e personalidade forte para chegar a tal. Você sabe o que é loucura? Normalidade?
Normalidade é fácil, basta ser o que querem que você seja. Ou o que não possa te diferenciar de outros internamente. Basta aceitar as coisas e engolir a seco tudo o que acontece. Acredite, ser normal, mesmo que possa parecer falsidade, é mais fácil para a sociedade, tornando sua vida agitada, ou não, duvidosa, ou não, segura, ou não e, certamente, cada vez mais longe de sua real pessoa.
Loucura é não ter receios de transparecer o que se é de verdade, com qualidades e limitações. É não se submeter a nada em benefícios dos outros se realmente não valer a pena. É ser natural aturando criticas e se fortalecendo a cada dia com as mesmas e as demais situações. Louco é ser diferente, ou não ter medo de ser parecido com alguém. Analisando esses “pensamentos”, ser louco não seria o normal individualmente? Pode ser, mas só de pensar nisso, sem conseguir fazer as pessoas entenderem o que penso, deixa-me extremamente louca.

"Gabriela Balhejos".

Obs.:

Texto de uma amiga que por sinal escreve muito bem. Imagem pescada na internet.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Os Fundamentos de uma Mentira

Nos deparamos no dia-a-dia com inúmeras mentiras. São contadas por amigos, familiares, desconhecidos, pelas pessoas que confiamos, pela televisão, pelos jornais e rádios.
O fato é que somos bombardeados de mentiras, cercados de tal forma que não sabemos distinguir mentiras de verdades. É de assustar, de deixar qualquer pessoa insegura sobre qualquer assunto.
As mentiras, por vezes, são muito bem contadas, fundamentadas ao ponto de não serem descobertas por um bom tempo ou até nunca ser descoberta. Toda mentira parte do princípio de que na falta de uma boa verdade para destruí-la, se perpetuará.
As Mentiras podem ser contadas para uma pessoa, para um grupo de pessoas ou para a massa inteira, ou seja, quem ouvir. As que mais nos revoltam são as individuais, dirigidas individualmente a nós. Porém essas não são necessariamente as mais graves para a sociedade. Graves são as mentiras que enganam a todos nós todos os dias pela mídia oligopolizada, que nos fazem mudar nossas vidas completamente.
As mentiras individuas podem ter diversos interesses. O de destruir, o de iludir, o de ocultar algo desconfortável para alguém (que conta ou que ouve) e há quem diga que existem mentiras construtivas. Sobre as mentiras construtivas confesso que é inaceitável aceitar, pois castelo de areia se destroi com água.
Considerando esses pontos chego a algumas conclusões. Não existe, não existiu e nem vai existir quem nunca mentiu. Por mais que fosse com boa intenção, ou mentirinha boba que aparenta não ter muita relevância. Mas pensemos bem, como não sermos mentirosos? Isso vai do "eu" de cada um.
Já menti e certamente vou mentir de novo algum dia. E não vem acusando porque você já mentiu e vai mentir de novo também (risada). Para evitarmos a mentira compulsiva precisamos ser responsáveis. Isso quer dizer que temos que pensar bem antes de soltar uma historinha bonita por aí. Nossas mentiras, por mais que pareçam inofensivas, serão descobertas por alguém um dia e poderão magoar as pessoas e destruir relações de qualquer tipo.
Você pode ser a pessoa mais honesta do mundo, basta uma mentirinha boba para destruir sua reputação. Quando se demora uma vida para construir uma imagem, em uma atitude errada destruímos tudo.
É difícil eu mentir, mas as vezes nos sentimos acuados e essa opção parece ser a mais tranquilizadora, acabamos mentindo e nos arrependendo depois.
Se todas as pessoas lessem esse artigo, ou se todas as pessoas pensassem sobre isso talvez tivéssemos um mundo melhor. Pense nisso.

Obs.: A pessoa que me sugeriu escrever sobre "mentira" pensou que eu estava mentindo sobre algo. Deixo aqui minha declaração de que não, eu não estava mentindo. A verdade aparece com o tempo.

Como costumo falar, esse artigo não é trabalho de profissional, mas como jornalista não precisa mais ter diploma, já me considero um (risada). Críticas são sempre bem vindas.

Boa verdade a todos!



quarta-feira, 1 de julho de 2009

A Diversão de Hoje


Se dermos uma olhada em volta perceberemos logo qual a maneira mais utilizada por nós jovens para se divertir. As festas.
Festas rave, funk, de pagode, de rock, de pop, enfim, das mais variadas modalidades.
As vezes pergunto pro pessoal mais velho como se divertiam quando jovens e as respostas são bem mais variadas.
Muitos adoravam festas. Mesmo esses não saiam todos os finais de semana para isso. Dizem que gostavam muito de sair com amigos para conhecer lugares, passear no sol, sentar na grama e comer alguma coisa, conversar, tocar violão, tomar chimarrão, tomar cerveja, tomar cachaça, tomar vinho ou não tomar coisa nenhuma, só conversar mesmo. Isso é que era importante para eles.
Fico pensando nisso as vezes em minha loucas reflexões. E pensando nisso descobri que é muito mais legal fazer isso mesmo. Ir a casa de um conhecido e ficar até ser mandado embora. Pegar a caixinha de leite condensado e fazer negrinho escondido dos pais dele, fazer o mesmo com a pipoca, com o refrigerante.
Jogar conversa fora não existe. Toda conversa é aproveitada, seja mais ou menos importante. Conhecer melhor as pessoas que nos cercam. Aproveitar o ser humano, o amigo.
Nas festas que vamos não se dá valor as pessoas. Beija-se quem nem sequer se sabe o nome, e pior, beija e sai sem saber em muitos casos. Dançamos com as pessoas como se fossem robôs. Nem olhamos nos olhos das pessoas.
Tenho uma amiga que adora juntar as pessoas em sua casa, fazer algo para comer, ver filme, dormir todo mundo amontoado e etc. Confesso, é muito mais legal. E antes que pense bobagem, não é essa finalidade, por mais que as vezes aconteçam coisas a mais... (risada).
Juntar a galera e fazer algo caseiro ou rueiro é bem melhor que uma festa qualquer.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A História das Coisas


Vídeo que nos ajuda a entender melhor o mundo em que vivemos. Muito bom. Assista!

Pescado no Blog Diário Gauche.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Conversas de Messengers e Orkut's da vida

Sobre as abreviações, carinhas, pontuações e outros aditivos usados pelas pessoas em suas mensagens e conversas.

Meu pai sempre questionou a prática desses métodos de escrita. Me questionava e questionava a prática em si.

O argumento era forte e válido, porém não convincente. Tratava-se de uma discussão cultural (concordo em partes).

Meu pai sempre falou que isso deixava as pessoas burras, justificando que ao treinar a escrita equivocada o subconsciente agregaria a sua forma de pensar, igual com a matemática, sendo que se você escreve constantemente "vc", "mt" e etc., quando for digitar ou escrever algo que deva conter a norma culta de escrita terá uma probabilidade de subconscientemente escrever abreviado ou "enfeitado". E essa probabilidade aumenta de acordo com o grau de frequência (volta trema, pelo bem da escrita) da utilização desse método. Sempre argumentei que era mais legal, mais divertido, mais "bonitinho" escrever "vc", "mt", "hj" (você, muito, hoje), porém, também, sempre aceitei aquilo como verdade e aceito até hoje. Na verdade, depois de muita reflexão sobre o assunto, uns três anos de reflexão na verdade, cheguei a uma outra ideia (cadê o acento?) e que considero-a a mais correta de todas outras que pensei e que ouvi.

Citando dois exemplos, as duas vias mais usadas no Brasil para mensagens entre amigos, Orkut e Windows Live Messenger, descrevo o que percebo se tratando da necessidade das pessoas através desses meios de comunicação. Minha linha de raciocínio parte do princípio de que mesmo sendo convencido da conclusão do meu pai eu continuava a usar tais métodos. E ainda uso. Fiquei analisando as pessoas, questionando-as sobre o motivo de escrever daquela forma, se existia justificativa para escrever "errado". Nenhuma pessoa me convenceu, apesar do Juliano (um amigo) chegar bem perto disso.

Continuava a me questionar, alguma coisa havia para que a esmagadora maioria utilizasse esse método.

Isso me intrigava. Mas uma coisa eu sempre tive certeza, existe uma resposta e eu vou ter que descobrir.

Como eu não costumo simplesmente deixar as coisas passarem, fui devagarinho, sem muita obsessão, mas sempre atento a tudo relativo ao assunto para encontrar a tão estimada resposta. E acho que achei. As pessoas usam Orkut e Messengers com a finalidade óbvia de se comunicar. Mas se comunicar neste caso, significa conversar, ou seja, desenvolver troca de ideias, informações e o mais importante, PENSAMENTOS (sentimentos, expressões e etc.) como se estivessem conversando pessoalmente. Articulando maneiras de tornar a digitação uma conversa o mais próximo possível da falada, as pessoas criaram seus próprios métodos de escrita para demonstrar seus sentimentos sem terem que escrevê-los. Assim como cada pessoa tem uma personalidade, característica ao falar, seja no sotaque, na gesticulação, enfim, ninguém se comunica igual a outra pessoa. As pessoas personificaram suas escritas.

Lembro que já estudei (pouquíssimo) sobre "Figuras de Linguagem". E digo que as pessoas criaram novas figuras de linguagens pela internet e reaproveitaram as já existentes, como no caso da onomatopeia (escrita que imita sons).

E por quê? A resposta é simples, complicada é a pergunta.

Sendo um pouco redundante, mas ressaltando, as pessoas tem a necessidade de personificar aquilo que escrevem para não serem comuns. É uma coisa que cada um tem dentro de si, a necessidade de ser "vc" mesmo. De escrever como fala. Dar som as letras.

A meu pai e a todos que estão lendo este artigo: continuo defendendo a ideia que isso vicia, quanto mais escrevemos "errado" mais sujeitos a gafes e infrações a norma culta quando precisarmos dela estamos sujeitos.

Como sei que isto não vai mudar sua forma de escrever peço somente que reflita sobre o assunto. Sugiro também que treine sempre que possível a norma culta. Sempre precisaremos dela, de uma prova de vestibular, uma entrevista de emprego até um simples ofício.

Aceito críticas, afinal, não foi um trabalho de profissional, somente uma reflexão.

Um grande abraço a todos!




terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo!


Mais um ano se vai, deixando tristezas, mas também alegrias
Mais um ano se vai, perdemos amigos, mas ganhamos novos
Mais um ano se vai, deixando fracassos, mas também vitórias
Mais um ano se vai e nos deixa mais experientes
experientes o suficiente para saber que o importante em nossa vida
são os detalhes. É o passeio na beira do lago, a corrida na praia, o andar
na vizinhança, só para ter o prazer de dizer: Oi vizinho, tudo bem?
Detalhes que nos fazem se sentir bem para encarar os desafios
Tudo que deixamos de fazer em 2008 vira lição
e certamente faremos em 2009.

Tudo que passou, tudo de ruim, tudo de bom

tudo é lição de como viver.

Aliás, como se vive?

Não sei, você também não sabe, ninguém sabe

O que sabemos é que a cada dia aprendemos um pouquinho mais

e vamos contruindo, passo a passo, nossa vida

Não existe tempo perdido, existem lições

Talvez se não tivéssemos "perdido" tempo, oportunidades

e momentos, não teríamos a maturidade necessária.

Nunca teremos maturidade plena, o amanhã está sempre

cheio de lições

A cada dia, cada hora, aprendemos mais

E assim seremos, sempre.

Feliz é aquele que sabe que não sabe tudo

Feliz é aquele que busca novas lições

A felicidade não depende de riqueza material

De luxo ou fartura

Mas sim dos detalhes, das idéias, da compaixão

Ser feliz é poder defender o que pensa, mesmo não realizando

Ser feliz é sonhar, viajar bem alto

Ser feliz é se enganar a todo momento e achar que o mundo é maravilhoso

Ser feliz é ser você

Sem máscaras, sem pozes, sem iludir ninguém.

A felicidade está dentro de nós

Mostremos nossa felicidade para contagiar o próximo.

FELIZ ANO NOVO!




ANP faz doação de petróleo e joga polícia contra manifestantes

Agência acionou a polícia para reprimir ato pacífico realizado no centro do Rio de Janeiro, deixando saldo de 50 feridos e três prisões

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) promoveu na quarta-feira (18) a 10ª Rodada de Licitações de Blocos de petróleo e gás natural. Foram ofertados 130 blocos, dos quais 54 foram arrematados, em sete bacias sedimentares terrestres: Potiguar, Amazonas, Parecis, Sergipe-Alagoas, Paraná, Recôncavo e São Francisco. A Petrobrás adquiriu 27 dos 54 blocos licitados.

O leilão foi precedido de uma série de manifestações em nove estados – inclusive com paralisações de 24 na Regap, Recap, Replan, terminais de Suape, Guarulhos, Guararema e Barueri e na Repar, onde os petroleiros permaneceram 33 horas em greve -, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), CUT, sindicatos de petroleiros e diversas organizações do movimento popular, culminado com uma passeata na Av. Rio Branco, Centro do Rio de Janeiro, no dia 18.

Iniciada na Candelária, a pacífica passeata com cerca de 500 pessoas seguia pela Av. Rio Branco quando foi fortemente reprimida pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal a pedido da ANP, tendo um saldo de 50 feridos e três presos, entre os quais Emanuel Cancella, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).

“A FUP repudia a atitude violenta da Polícia Militar, convocada pela ANP para reprimir estudantes, idosos, trabalhadores e militantes sociais que se manifestavam em defesa da soberania do país”, diz a entidade representativa dos petroleiros.

Segundo a FUP, “essa importante jornada de luta em defesa da soberania nacional terá que ser intensificada a cada dia, para que possamos garantir que as nossas reservas de petróleo e gás sejam patrimônios do povo brasileiro”.

Em ofício enviado ao presidente Lula, em novembro último, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) ressaltou que “para que prevaleça o interesse nacional no setor petrolífero, é necessário modificar a Lei 9478/97, pois esta é incoerente e inconstitucional. Nos seus artigos 3º, 4º e 21, a referida lei diz que as jazidas e o produto da lavra do petróleo são da União, mas o seu artigo 26, contrariando os artigos citados e a própria Constituição, diz que o petróleo é de quem o produzir”.

“A jornada de lutas contra a 10ª Rodada de Licitação, que a ANP levou a cabo, não suspendeu o leilão, mas mobilizou a sociedade brasileira em torno da importância de uma nova lei para o setor petróleo”, diz nota da FUP.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A queda do tirano


Após um período que, para muitos povos, foi extremamente doloroso cai o tirano que governou o império americano por longos oito anos.

Sucedido de fortes críticas e de uma popularidade extremamente baixa, seja nos E.U.A ou fora dele, o "imperador" George W. Bush teve no voto democrático seu "impeachment" conclamado no momento onde o povo americano escolheu o opositor de sua chapa.

Durante a campanha eleitoral americana começou a se criar uma onda, uma onda "negra" para derrubar o regime opressor de Bush. O planeta respira mais tranquilo.

Um governo marcado por algumas dúvidas e algumas certezas que o condenam. Entre as dúvidas podemos destacar os ataques em 11 de setembro de 2001 onde aviões americanos são jogados em símbolos de poder do país, como o Worl Trade Center e o misterioso Pentágono. Este último nos indaga uma pergunta: como um grande avião de passageiros (Boing) se choca com o Pentágono e não sobra nenhum resquício convincente de avião?

Links para conferir sobre a farsa do 11 de Setembro:

Entre as certezas podemos citar a invasão do Iraque. Invasão sem a aprovação da Organização das Nações Unidas (ONU) e com motivos forjados. O governo americano alegou que tinha informações de fontes "seguras" (imagine de onde veio a informação) que o Iraque, sob o comando de Sadam Hussein, detinha armas de destruição em massa e que isso era um risco a humanidade. Passado anos de invasão, mortos espalhados por todos os cantos, famílias sendo exterminadas, crianças sendo assassinadas, cidadãos sendo torturados, enfim, um massacre instalado se descobre o que muitos já imaginavam: não há armas de destruição em massa.
Logo percebemos que os Estadus Unidos está se beneficiando do petróleo iraquiano, interessante.

O presidente dos E.U.A então, com todo seu senso de justiça, informa:

"A invasão do Iraque foi um equívoco, tiraremos em poucos ANOS nossas tropas militares do país".

Após os republicanos (sua chapa) terem perdido as eleições nos E.U.A, mas aliviado, o presidente americano Georg Bush faz uma última visitinha ao Iraque para, na minha opinião, cuspir na cara dos mortos. Um jornalista iraquiano, com toda razão, atira seus sapatos Bush, uma ofensa grave naquele povo. Infelizmente Bush escapou da sapatada, mas o jornalista, que realizou em seu ato o que muitos queriam fazer, não escapou das garras do presidente americano.  Muntazer al-Zaidi, o jornalista, foi preso e visto com marcas de tortura. Conhecendo os procedimentos americanos logo se conclui: se tiver poder você pode matar quem quiser e nunca será punido. E coitado de quem se oponha.

Sinto na frase do jornalista um grande sentimento de dor, de desespero quando diz ao jogar seus sapatos:

- Este é seu beijo de adeus, cachorro!.

Muntazer al-Zaidi se tornou um símbolo de atitude no mundo. Meus parabéns.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Boa Miséria!

Vou fazer um slideshow para você.


É comum, você já viu essas imagens antes.

Quem sabe até já se acostumou com elas.

Começa com aquelas crianças famintas da África.

Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.

Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem.

Êxodos de populações inteiras.

Gente faminta.

Gente pobre.

Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens.

No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.

Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

São imagens de miséria que comovem.

São imagens que criam plataformas de governo.

Criam ONGs.

Criam entidades.

Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.

Ano após ano, discutiu-se o que fazer.

Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.

Resolver, capicce?

Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.

Não sei como calcularam este número.

Mas digamos que esteja subestimado.

Digamos que seja o dobro.

Ou o triplo.

Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.

Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares

(700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.



É uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.

Se quiser, repasse, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo...

domingo, 30 de novembro de 2008

Em que idioma nossos filhos sonharão?

Valério Bemfica 

Imagine-se, leitor, em um destes supermercados pertencentes a uma rede estrangeira. Em todas as gôndolas, prateleiras e balaios, há apenas cinco marcas de produtos, todas estrangeiras e oriundas de um único país, o mesmo da rede do supermercado. Mandioca made in USA, queijo minas made in USA, rapaduramade in USA, entre outros. O leitor fica indignado e procura o gerente: "Não adianta botar outro produto, o pessoal não compra". Insistindo na própria liberdade de escolha, o leitor responde: "É claro que não compra, não tem na prateleira". Com fina ironia, o gerente da multinacional conclui: "É só procurar, nas prateleiras lá em cima e lá embaixo, nós temos 0,5% de produtos brasileiros!"

Ao procurar um estabelecimento brasileiro, surpreso, o leitor percebe que somente as mesmas cinco marcas estão expostas. Fubá de Oklahoma e inhame do Kansas. Indaga a outro gerente que responde: "O pessoal não gosta do produto brasileiro, só das coisas gringas. Mas se o senhor fizer questão, temos uma prateleira, no segundo subsolo, com 6% de produtos nacionais. Fazemos até promoção". Injuriado, o leitor corre para o velho e bom armazém de secos e molhados. E qual não será sua surpresa ao descobrir que eles se mudaram para os shoppings e que a maioria foi comprada por uma rede americana! Depois de pagar o estacionamento e de recusar inúmeras ofertas de pipoca em quilo e refrigerante em litro, o leitor vê prateleiras de feijoada enlatada diretamente do Kentucky. O gerente ainda explica: "Temos o maior respeito pelo produto nacional, mas ninguém quer. Fazemos promoção às segundas-feiras, tudo por R$ 1,00. Temos cerca de 9% de produtos brasileiros". Cansado e furioso, o leitor sente que não adianta argumentar e vai para a feira livre. Para a sua tristeza, o que encontra nas barracas são apenas imitações – de origem e qualidade duvidosa – do que encontrou nos grandes atacadistas. Indaga a um feirante, que retruca: "O pessoal só quer saber de coisa gringa. É o que tem no supermercado."

Ao substituirmos, nesta pequena fábula, a comida pelos produtos audiovisuais, a rede estrangeira pela da TV a cabo, a rede nacional pela TV aberta, o armazém pelos cinemas e a feira livre pelos camelôs, temos um exemplo da dura realidade da nossa cultura. Totalmente dominada pela indústria estrangeira, a distribuição da arte no Brasil deixou de atender à lei máxima do mercado: a oferta e a procura. Ao dominar o ciclo produção – distribuição – exibição, não mais do que meia dúzia de empresas multinacionais decide o que fará ou não sucesso no Brasil. 

Os números citados não são aleatórios. O produto audiovisual brasileiro ocupa 0,5% do mercado de TV por assinatura, 6% do de TV aberta e 9% da programação dos cinemas. Na música cerca de 90% do que toca nas rádios – e do que é vendido nas lojas – provém dos estoques das multinacionais, sejam enlatados puros, sejam imitações de sua estética. Quanto a pertencerem a apenas cinco marcas, tampouco estamos brincando. No audiovisual, mandam: Warner, Buena Vista (Columbia), Fox, UIP e Sony. Na música: Universal, Warner, Sony/BMG e EMI. Se nosso leitor fictício fizesse uma busca na internet, procurando as composições societárias de tais companhias, descobriria que elas se cruzam em diversos pontos. Constataria também ligações entre elas e os supostos distribuidores – Cinemark, Sky, Net etc. Se fosse um pouco além, o leitor verificaria que a própria internet – suposta ilha de liberdade da pós-modernidade – também é dominada, tanto em seus provedores de acesso quanto nos de conteúdo, quase totalmente pelas mesmas empresas, em uma intrincada rede de fundos de investimentos, participações, acordos operacionais.

Vinte anos de ditadura ensinaram-nos a repudiar a censura. Ficamos com medo da ingerência do Estado sobre a criação artística. Lutamos bravamente para que o direito à livre criação e expressão seja mantido. Mas parece que, no afã de defender a liberdade do artista, acabamos por consolidar a liberdade de ação dos oligopólios estrangeiros. Nos anos de neoliberalismo, vimos a Embrafilme fechar as portas, as teles serem privatizadas, as cotas de exibição reduzidas, o financiamento à cultura ser entregue ao mercado e o capital estrangeiro ser autorizado a comprar 30% dos nossos meios de comunicação. Nos próximos dias corremos o risco de o Congresso Nacional autorizar as empresas multinacionais a dominarem 100% de nosso mercado de TV por assinatura.

Quanto ao sonho dos nossos filhos, se o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães - o nº 2 do Itamaraty - está correto ao afirmar que são as manifestações culturais as responsáveis por criar e interpretar o imaginário nacional, o que nos possibilita uma consciência enquanto Nação sobre o nosso passado, presente e futuro, o que estamos fazendo ao entregar à indústria cultural estrangeira o nosso imaginário? Nada mais, nada menos do que entregando a ela a nossa história, o nosso dia-a-dia e o nosso porvir. Os menos jovens têm uma alternativa: apegarem-se aos valores, convicções e ideais desenvolvidos antes do domínio absoluto das multis sobre o nosso imaginário. Os mais jovens têm pouca escolha. O seu imaginário está sendo praticamente todo construído de fora. Para ser mais exato, têm 0,5%, 6% ou 9% de liberdade. O american way of life penetra diariamente em suas mentes, cativa seu olhar, vicia seus ouvidos. Espera-se com isso que o pano de fundo de seus sonhos possua 50 estrelas e listras vermelhas e brancas. Em poucas palavras, que sonhem em inglês.

É possível reverter esse processo. Nossa cultura é produto da contribuição de povos do mundo inteiro. Mas a capacidade de absorção sem descaracterização tem limites. A cultura precisa de um tempo próprio – muito diferente do tempo da exploração da indústria cultural – para digerir e recriar. Precisamos de medidas claras e concretas que protejam nosso patrimônio e diversidade culturais, que nos permitam construir uma visão própria sobre nosso passado, viver plenamente nosso presente e construir soberanamente nosso futuro. 

Valério Bemfica é presidente do Centro Popular de Cultura da UMES-SP

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O "pré-sal" é nosso!

Acho que devo iniciar com um assunto que está na ordem do dia, o petróleo encontrado na área pré-sal.
Trata-se de, talvez, a maior descoberta de petróleo do mundo. Uma reserva estimada entre 100 bilhões e 300 bilhões de barris de petróleo. A Arábia Saudita, maior produtora de petróleo do mundo, possui uma reserva de aproximadamente 140 bilhões de barris.
Tendo essa noção de tamanho podemos perceber a importância dessa descoberta brasileira.
Para onde vai esse petróleo? A que interesses vai servir?
São perguntas interessantes que devemos nos fazer. O petróleo hoje tem grande valor comercial, mesmo com a crise internacional e com a queda do preço do barril. Sendo assim, existem grandes corporações e países interessados nesse nosso patrimônio. Temos que estar atentos pois seus interesses certamente não são para desenvolver nosso país e nosso povo. Na verdade esse petróleo pode significar ao Brasil a solução de graves problemas existentes hoje, como a distribuição de renda e igualdede de oportunidades.
Hoje existe uma baixíssima parcela de jovens na universidade, sendo em sua maioria, pessoas de classe média ou alta. A verdade é que o filho do pedreiro não tem as mesmas oportunidades que o filho do doutor, afinal, na universidade pública quem ocupa a maioria das vagas são estudantes que tem condições de pagar uma universidade privada.
O petróleo descoberto, se usado para educar nosso povo, pode significar acesso a universidade pública e gratuita para milhões de jovens que hoje não tem perspectiva de vida e acabam inchando as esferas do crime. A melhoria na qualidade de educação básica oferecida nas escolas públicas. Consequentemente menor criminalidade, menos desemprego e mais capacitação.
Estamos falando sobre um grande passo na história brasileira e mundial, que pode beneficiar o povo brasileiro ou mais uma vez atender aos interesses imperialistas norte-americanos (maiores interessados em nosso petróleo).
Defendemos nossa nação a qualquer preço. Queremos educação, queremos trabalho digno, queremos uma sociedade justa.
O pré-sal é nosso! É do povo brasileiro.