terça-feira, 29 de maio de 2012
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Primeiro Debate Eleitoral de presidenciáveis em 2010 - BAND
Caros amigos, quem pode acompanhar o debate dos candidatos a Presidente da República, nesta dia 5 de Agosto, percebeu algumas coisas que vou citar.
Primeiramente, sim, é verdade, Dilma estava nervosa e até gaguejou um pouco. Serra e Marina também estavam nervosos. Na verdade só Plinio Arruda não estava pois não tinha nem um compromisso ali a não ser divulgar o próprio partido e candidaturas regionais, como fez.
O que diferenciou os outros 3 candidatos, no que se refere a pergunta "Quem ganhou o debate?", foi o conteúdo, seus projetos e seu histórico no(s) governo(s).
Vamos lá!
Dilma questionava Serra sobre o que achava dos programas do governo Lula. Serra não falou mal de nenhum, apenas tentou desqualificar com a citação "que está funcionando bem ou mal" e coisas desse tipo. Mas nem Serra, o maior oposicionista do governo Lula conseguiu discordar de que as coisas andaram e deram certo, inclusive, usa os avanços do governo Lula para argumentar que tudo isso começou no governo anterior (FHC, que por sinal Serra tenta esconder de todos que esse governo também era seu)
Serra, quando falou que não se podia discutir o futuro olhando pelo retrovisor foi muito infeliz. Oras, se ele próprio estava falando que as mudanças começaram no governo anterior!?
Serra não consegue aceitar a qualidade do governo Lula. Eles tentaram derrubar Lula mas a sociedade brasileira os calou em 2006 com a reeleição de Lula. Dilma agora canta aos ventos os avanços do Brasil. Serra se corroe por não conseguir pregar o contrário.
Serra precisou manobrar muito a realidade dos fatos para colocar Dilma na parede. Enquanto Dilma o colocava na parede perguntando: Qual sua opinião sobre o "Luz para Todos"?
Ou seja,
Serra com toda sua experiência em debates não tem como ganhar um se quer debate de Dilma.
O motivo é simples, Dilma tem 8 anos de um governo que deu certo nesse país. Tem números, tem conteúdo mesmo não tendo habilidade de debate.
Serra pode ser habilidoso, político malandro, mas não tem resultado nem nos 8 anos de FHC nem no Governo de SP. Seus resultados são todos voltados para a elite, nenhum para as classes mais pobres.
Dilma venceu o debate por Lula ter vencido no Governo.
Douglas Bresolin
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Grande Lula!
Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; que não entende de economia, pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.
Lula, o “analfabeto”, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos, e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade.
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 200 dólares, e não quebrou a previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG – Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis.
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8.
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu, mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Têm fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos), uma mulher no cargo de primeira ministra, e pode fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC, antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir, e hoje o PAC é um amortecedor da crise.
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre.
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais, é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual.
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com Bush – notada até pela imprensa americana – e agora tem a mesma empatia com Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador, é amigo do tal John Sweeny e entra na Casa Branca com credencial de negociador, lá, nos “States“.
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é ator da mudança geopolítica das Américas.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas, faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada, é melhor que todos os outros.
Pedro R. Lima, professor
Postado no Pimenta na Moqueca
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Morte evita falência financeira de Michael Jackson
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Pense nisso na hora de votar. FHC (SERRA) ou LULA (DILMA)?
Internacional, efetuando-se um comparativo entre o atual Governo Federal e
o anterior. Esses dados podem ser conferidos no endereço:
http://www.imf.org/external/np/sec/pn/2005/pn05166.htm (Fundo Monetário Internacional)
1 – MÉDIAS BALANÇA COMERCIAL (bilhões de US$)
- FHC (PSDB) (1995/2002): -2,442
- Lula (PT) (2003/2005): +34,420 (recorde)
2 – SUPERÁVIT COMERCIAL (bilhões de US$)
- FHC (1995/2002): -8,7 (déficit)
- Lula (2003/2005): +103,0 (superávit)
3 – RISCO- PAÍS PTS
- FHC (Jan/2002): 1.445
- Lula (Jan/2006): 290 (recorde)
4 – JUROS
- FHC (Jan/2002): 25,00%
- Lula (Jan/2006): 18,00%
5 – INFLAÇÃO
- FHC(2002): 12,5%
- Lula(2005): 5,7%
6 – DÓLAR R$
- FHC (Jan/02): 3,53
- Lula (Jan/06): 2,30
7 – RANKING DO PIB MUNDIAL (PPP) (trilhões de US$)
- FHC (2002): 1,340 -> 10º
- Lula (2004): 1,492 -> 09º
8 – BOVESPA PTS
- FHC (Jan/02): 11.268
- Lula (Jan/06): 35.223 (recorde)
9 – DÍVIDA EXTERNA (bilhões de US$)
- FHC (2002): 210
- Lula (2005): 165 – E caindo mês a mês…
10 – DÍVIDA COM O FMI E COM O CLUBE DE PARIS EM DOLÁR
- FHC (2002): O governo não informou o valor da dívida.
- Lula (2005): 0,00
11 – SALÁRIO MÍNIMO (US$)
- FHC (2002): 56,50
- Lula (2005): 128,20
12 – DESEMPREGO
- FHC (2002): 12,2%
- Lula (2005): 9,6%
13 – TAXA ABAIXO DA LINHA DE PROBREZA
- FHC (2002): O governo não controlava este índice. Segundo dados,
ultrapassava os 35%.
- Lula (2004): 25,1%
Fonte: http://novo-mundo.org
domingo, 16 de maio de 2010
Querer, acreditar, poder e apostar
Eu só queria dizer;
Eu só queria poder;
Queria poder saber;
Queria ter o direito de saber,
saber que posso dizer o que sinto que devo fazer.
Queria entender;
Queria acreditar;
Queria acreditar que posso entender;
Queria saber o que posso fazer, o que devo dizer e entender o que sentir.
Devo saber;
Devo entender;
Não sei se devo dizer;
Não sei se devo acreditar, se posso acreditar e se posso sentir.
A única coisa que sei é que já não sei de mais nada.
Sei o que quero, mas não sei se devo querer;
Não sei se posso querer e isso eu deveria entender, mas não entendo.
Não sei se devo acreditar e nem sei no que.
Devo esperar;
Esperar algo acontecer;
Mas não encontro o saber;
Pois não sei o que vai ou o que deve acontecer.
O que sei é que estou aqui;
Esperando respostas de eu mesmo;
Respostas que não dependem só de mim,
mas que serão as respostas que determinarão a continuidade ou o fim.
Acredito no que quero e no que não quero;
Acredito no que devo e no que não devo;
Acredito nas pessoas como elas são;
Estou aqui, pagando pra ver, qual vai ser a sua reação.
Eu estou aqui;
Disposto a acreditar;
Mesmo sem saber;
Mesmo sem entender.
Estou disposto a acreditar e me arrepender;
Estou no jogo e o jogo é pra ganhar ou perder;
Estou querendo apostar;
Mas não sei onde a roleta vai parar.
O que sei é que já escolhi em qual jogar.
A roleta está a girar;
Eu a esperar...
E o resultado só o destino irá revelar.
Douglas Bresolin
segunda-feira, 3 de maio de 2010
Reflexão Sobre Homossexualidade
Então não concordo e penso ser uma lástima quem pense que o gosto seja uma aberração. Pois se preferimos homem a mulher, tomate a beringela, inter a grêmio, a escolha é exclusivamente nossa e ninguém possui a moral de julgar e criticar. E pensando bem, não concordo mais que o homossexualismo ande contra o ciclo da vida. Talvez seja falha de Deus, ou de quem criou tudo isso, de permitir que o amor seja reprodutivo somente a pessoas diferentes sendo que todos têm o direito de amar e colher o fruto desse afeto."
Texto de Gabi Balhejos.
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Tá bom, já deu né!? Larga fora Yeda!
A governadora tucana Yeda Rorato Crusios já passou faz tempo de todos os limites.
Nós, gaúchos de bem, não aceitamos mais o (des)governo de uma pessoa que só falta mudar o nome do Rio Grande do Sul para Rio Pequeno do Sul.
Faz teu papel de cidadão também. Coloque no Orkut ou Twitter ou outro meio de comunicação a frase: Fora Yeda!
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Olimpíadas no Rio em 2016
Sobre isso, não podia deixar de postar o que penso.
Mesmo que as Olimpíadas não rendam R$ 1,00 de ganho ao Brasil, é uma vitória. Vitória do povo brasileiro.
Quando elegemos o Lula presidente, era isso que queríamos, um país desenvolvido, forte, que pudesse competir de igual com os países mais poderosos do mundo em tudo. Neste caso, as Olimpíadas e a Copa do Mundo de 2014, representam a melhora significativa da imagem "Brasil" lá fora.
É importante ficar claro que isso não aconteceu porque seria natural, já estava na hora, não mesmo. Aliás, quem disse isso foi o presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra, que faz oposição ao melhor governo da história do Brasil, ao presidente mais popular do mundo. Só garantimos essas conquistas por ações do governo Lula.
A crise financeira mundial, por exemplo, está sendo superada no Brasil como em nenhum outro país.
Os investimentos nas estatais, atente-se à PETROBRAS como exemplo, onde os investimentos em pesquisas resultaram no Pré-Sal, como todos já sabem. Depois disso a responsabilidade do governo federal em garantir que o lucro do Pré-Sal se reverta para o desenvolvimento do Brasil e não seja explorado por outros países, como faríam os oposicionistas como Sérgio Guerra, FHC, José Serra e Yeda's por aí a fora.
Os incentivos ao crédito que presenciamos desde que Lula assumiu o Brasil, garantindo liquidez ao mercado (o dinheiro gira e se multiplica), como redução de IPI para produtos essenciais para o nosso mercado interno. Aliás, o fortalecimento do mercado interno, a neutralização da dívida externa, essa tão sanada que o o governo declarou hoje que empretou 10 bi de reias aos antigos credores, o FMI. Ou seja, de tomadores de empréstimos (quando não se tem capital $) passamos a credores (quando se tem capital $).
Essas dentre outras tantas medidas garantiram nossas vitórias perante o mundo.
As Olimpíadas e Copa do Mundo trarão benefícios históricos se bem executadas. Deixarão a marca Brasil forte no exterior, atrairão investimentos internacionais para nosso território e isso nos dará impulso rumo a um país mais desenvolvido.
Parabéns a todos que compões esse governo histórico, com garra, coragem e determinação.
Ano que vem é ano de eleição presidencial. Cuidemos bem quem quer o Brasil pro brasileiro e quem quer o Brasil para os outros.
Deixo indicado meu candidato a Presidente - Ciro Gomes (PSB).
Logo faço um artigo sobre o (Des)governo do Rio Grande do Sul de Ieda (guardou o Y para não ser confiscado pela justiça).
Um forte agradecimento aos pacientes leitores deste humilde blog. Comente, critique e dê sugestões de postagens.
Obs.: Não tem jeito de formatar direito esse blog. Mas eu tento...
sábado, 25 de julho de 2009
Loucura...
segunda-feira, 13 de julho de 2009
Os Fundamentos de uma Mentira
quarta-feira, 1 de julho de 2009
A Diversão de Hoje
quinta-feira, 25 de junho de 2009
A História das Coisas
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Conversas de Messengers e Orkut's da vida
Sobre as abreviações, carinhas, pontuações e outros aditivos usados pelas pessoas em suas mensagens e conversas.
Meu pai sempre questionou a prática desses métodos de escrita. Me questionava e questionava a prática em si.
O argumento era forte e válido, porém não convincente. Tratava-se de uma discussão cultural (concordo em partes).
Meu pai sempre falou que isso deixava as pessoas burras, justificando que ao treinar a escrita equivocada o subconsciente agregaria a sua forma de pensar, igual com a matemática, sendo que se você escreve constantemente "vc", "mt" e etc., quando for digitar ou escrever algo que deva conter a norma culta de escrita terá uma probabilidade de subconscientemente escrever abreviado ou "enfeitado". E essa probabilidade aumenta de acordo com o grau de frequência (volta trema, pelo bem da escrita) da utilização desse método. Sempre argumentei que era mais legal, mais divertido, mais "bonitinho" escrever "vc", "mt", "hj" (você, muito, hoje), porém, também, sempre aceitei aquilo como verdade e aceito até hoje. Na verdade, depois de muita reflexão sobre o assunto, uns três anos de reflexão na verdade, cheguei a uma outra ideia (cadê o acento?) e que considero-a a mais correta de todas outras que pensei e que ouvi.
Citando dois exemplos, as duas vias mais usadas no Brasil para mensagens entre amigos, Orkut e Windows Live Messenger, descrevo o que percebo se tratando da necessidade das pessoas através desses meios de comunicação. Minha linha de raciocínio parte do princípio de que mesmo sendo convencido da conclusão do meu pai eu continuava a usar tais métodos. E ainda uso. Fiquei analisando as pessoas, questionando-as sobre o motivo de escrever daquela forma, se existia justificativa para escrever "errado". Nenhuma pessoa me convenceu, apesar do Juliano (um amigo) chegar bem perto disso.
Continuava a me questionar, alguma coisa havia para que a esmagadora maioria utilizasse esse método.
Isso me intrigava. Mas uma coisa eu sempre tive certeza, existe uma resposta e eu vou ter que descobrir.
Como eu não costumo simplesmente deixar as coisas passarem, fui devagarinho, sem muita obsessão, mas sempre atento a tudo relativo ao assunto para encontrar a tão estimada resposta. E acho que achei. As pessoas usam Orkut e Messengers com a finalidade óbvia de se comunicar. Mas se comunicar neste caso, significa conversar, ou seja, desenvolver troca de ideias, informações e o mais importante, PENSAMENTOS (sentimentos, expressões e etc.) como se estivessem conversando pessoalmente. Articulando maneiras de tornar a digitação uma conversa o mais próximo possível da falada, as pessoas criaram seus próprios métodos de escrita para demonstrar seus sentimentos sem terem que escrevê-los. Assim como cada pessoa tem uma personalidade, característica ao falar, seja no sotaque, na gesticulação, enfim, ninguém se comunica igual a outra pessoa. As pessoas personificaram suas escritas.
Lembro que já estudei (pouquíssimo) sobre "Figuras de Linguagem". E digo que as pessoas criaram novas figuras de linguagens pela internet e reaproveitaram as já existentes, como no caso da onomatopeia (escrita que imita sons).
E por quê? A resposta é simples, complicada é a pergunta.
Sendo um pouco redundante, mas ressaltando, as pessoas tem a necessidade de personificar aquilo que escrevem para não serem comuns. É uma coisa que cada um tem dentro de si, a necessidade de ser "vc" mesmo. De escrever como fala. Dar som as letras.
A meu pai e a todos que estão lendo este artigo: continuo defendendo a ideia que isso vicia, quanto mais escrevemos "errado" mais sujeitos a gafes e infrações a norma culta quando precisarmos dela estamos sujeitos.
Como sei que isto não vai mudar sua forma de escrever peço somente que reflita sobre o assunto. Sugiro também que treine sempre que possível a norma culta. Sempre precisaremos dela, de uma prova de vestibular, uma entrevista de emprego até um simples ofício.
Aceito críticas, afinal, não foi um trabalho de profissional, somente uma reflexão.
terça-feira, 30 de dezembro de 2008
Feliz Ano Novo!
Mais um ano se vai, deixando tristezas, mas também alegrias
ANP faz doação de petróleo e joga polícia contra manifestantes
Agência acionou a polícia para reprimir ato pacífico realizado no centro do Rio de Janeiro, deixando saldo de 50 feridos e três prisões
A Agência Nacional do Petróleo (ANP) promoveu na quarta-feira (18) a 10ª Rodada de Licitações de Blocos de petróleo e gás natural. Foram ofertados 130 blocos, dos quais 54 foram arrematados, em sete bacias sedimentares terrestres: Potiguar, Amazonas, Parecis, Sergipe-Alagoas, Paraná, Recôncavo e São Francisco. A Petrobrás adquiriu 27 dos 54 blocos licitados.
O leilão foi precedido de uma série de manifestações em nove estados – inclusive com paralisações de 24 na Regap, Recap, Replan, terminais de Suape, Guarulhos, Guararema e Barueri e na Repar, onde os petroleiros permaneceram 33 horas em greve -, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), CUT, sindicatos de petroleiros e diversas organizações do movimento popular, culminado com uma passeata na Av. Rio Branco, Centro do Rio de Janeiro, no dia 18.
Iniciada na Candelária, a pacífica passeata com cerca de 500 pessoas seguia pela Av. Rio Branco quando foi fortemente reprimida pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal a pedido da ANP, tendo um saldo de 50 feridos e três presos, entre os quais Emanuel Cancella, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).
“A FUP repudia a atitude violenta da Polícia Militar, convocada pela ANP para reprimir estudantes, idosos, trabalhadores e militantes sociais que se manifestavam em defesa da soberania do país”, diz a entidade representativa dos petroleiros.
Segundo a FUP, “essa importante jornada de luta em defesa da soberania nacional terá que ser intensificada a cada dia, para que possamos garantir que as nossas reservas de petróleo e gás sejam patrimônios do povo brasileiro”.
Em ofício enviado ao presidente Lula, em novembro último, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) ressaltou que “para que prevaleça o interesse nacional no setor petrolífero, é necessário modificar a Lei 9478/97, pois esta é incoerente e inconstitucional. Nos seus artigos 3º, 4º e 21, a referida lei diz que as jazidas e o produto da lavra do petróleo são da União, mas o seu artigo 26, contrariando os artigos citados e a própria Constituição, diz que o petróleo é de quem o produzir”.
“A jornada de lutas contra a 10ª Rodada de Licitação, que a ANP levou a cabo, não suspendeu o leilão, mas mobilizou a sociedade brasileira em torno da importância de uma nova lei para o setor petróleo”, diz nota da FUP.
sexta-feira, 26 de dezembro de 2008
A queda do tirano
quinta-feira, 4 de dezembro de 2008
Boa Miséria!
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado.
Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares
(700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.
É uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.
Se quiser, repasse, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo...
domingo, 30 de novembro de 2008
Em que idioma nossos filhos sonharão?
Valério Bemfica
Imagine-se, leitor, em um destes supermercados pertencentes a uma rede estrangeira. Em todas as gôndolas, prateleiras e balaios, há apenas cinco marcas de produtos, todas estrangeiras e oriundas de um único país, o mesmo da rede do supermercado. Mandioca made in USA, queijo minas made in USA, rapaduramade in USA, entre outros. O leitor fica indignado e procura o gerente: "Não adianta botar outro produto, o pessoal não compra". Insistindo na própria liberdade de escolha, o leitor responde: "É claro que não compra, não tem na prateleira". Com fina ironia, o gerente da multinacional conclui: "É só procurar, nas prateleiras lá em cima e lá embaixo, nós temos 0,5% de produtos brasileiros!"
Ao procurar um estabelecimento brasileiro, surpreso, o leitor percebe que somente as mesmas cinco marcas estão expostas. Fubá de Oklahoma e inhame do Kansas. Indaga a outro gerente que responde: "O pessoal não gosta do produto brasileiro, só das coisas gringas. Mas se o senhor fizer questão, temos uma prateleira, no segundo subsolo, com 6% de produtos nacionais. Fazemos até promoção". Injuriado, o leitor corre para o velho e bom armazém de secos e molhados. E qual não será sua surpresa ao descobrir que eles se mudaram para os shoppings e que a maioria foi comprada por uma rede americana! Depois de pagar o estacionamento e de recusar inúmeras ofertas de pipoca em quilo e refrigerante em litro, o leitor vê prateleiras de feijoada enlatada diretamente do Kentucky. O gerente ainda explica: "Temos o maior respeito pelo produto nacional, mas ninguém quer. Fazemos promoção às segundas-feiras, tudo por R$ 1,00. Temos cerca de 9% de produtos brasileiros". Cansado e furioso, o leitor sente que não adianta argumentar e vai para a feira livre. Para a sua tristeza, o que encontra nas barracas são apenas imitações – de origem e qualidade duvidosa – do que encontrou nos grandes atacadistas. Indaga a um feirante, que retruca: "O pessoal só quer saber de coisa gringa. É o que tem no supermercado."
Ao substituirmos, nesta pequena fábula, a comida pelos produtos audiovisuais, a rede estrangeira pela da TV a cabo, a rede nacional pela TV aberta, o armazém pelos cinemas e a feira livre pelos camelôs, temos um exemplo da dura realidade da nossa cultura. Totalmente dominada pela indústria estrangeira, a distribuição da arte no Brasil deixou de atender à lei máxima do mercado: a oferta e a procura. Ao dominar o ciclo produção – distribuição – exibição, não mais do que meia dúzia de empresas multinacionais decide o que fará ou não sucesso no Brasil.
Os números citados não são aleatórios. O produto audiovisual brasileiro ocupa 0,5% do mercado de TV por assinatura, 6% do de TV aberta e 9% da programação dos cinemas. Na música cerca de 90% do que toca nas rádios – e do que é vendido nas lojas – provém dos estoques das multinacionais, sejam enlatados puros, sejam imitações de sua estética. Quanto a pertencerem a apenas cinco marcas, tampouco estamos brincando. No audiovisual, mandam: Warner, Buena Vista (Columbia), Fox, UIP e Sony. Na música: Universal, Warner, Sony/BMG e EMI. Se nosso leitor fictício fizesse uma busca na internet, procurando as composições societárias de tais companhias, descobriria que elas se cruzam em diversos pontos. Constataria também ligações entre elas e os supostos distribuidores – Cinemark, Sky, Net etc. Se fosse um pouco além, o leitor verificaria que a própria internet – suposta ilha de liberdade da pós-modernidade – também é dominada, tanto em seus provedores de acesso quanto nos de conteúdo, quase totalmente pelas mesmas empresas, em uma intrincada rede de fundos de investimentos, participações, acordos operacionais.
Vinte anos de ditadura ensinaram-nos a repudiar a censura. Ficamos com medo da ingerência do Estado sobre a criação artística. Lutamos bravamente para que o direito à livre criação e expressão seja mantido. Mas parece que, no afã de defender a liberdade do artista, acabamos por consolidar a liberdade de ação dos oligopólios estrangeiros. Nos anos de neoliberalismo, vimos a Embrafilme fechar as portas, as teles serem privatizadas, as cotas de exibição reduzidas, o financiamento à cultura ser entregue ao mercado e o capital estrangeiro ser autorizado a comprar 30% dos nossos meios de comunicação. Nos próximos dias corremos o risco de o Congresso Nacional autorizar as empresas multinacionais a dominarem 100% de nosso mercado de TV por assinatura.
Quanto ao sonho dos nossos filhos, se o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães - o nº 2 do Itamaraty - está correto ao afirmar que são as manifestações culturais as responsáveis por criar e interpretar o imaginário nacional, o que nos possibilita uma consciência enquanto Nação sobre o nosso passado, presente e futuro, o que estamos fazendo ao entregar à indústria cultural estrangeira o nosso imaginário? Nada mais, nada menos do que entregando a ela a nossa história, o nosso dia-a-dia e o nosso porvir. Os menos jovens têm uma alternativa: apegarem-se aos valores, convicções e ideais desenvolvidos antes do domínio absoluto das multis sobre o nosso imaginário. Os mais jovens têm pouca escolha. O seu imaginário está sendo praticamente todo construído de fora. Para ser mais exato, têm 0,5%, 6% ou 9% de liberdade. O american way of life penetra diariamente em suas mentes, cativa seu olhar, vicia seus ouvidos. Espera-se com isso que o pano de fundo de seus sonhos possua 50 estrelas e listras vermelhas e brancas. Em poucas palavras, que sonhem em inglês.
É possível reverter esse processo. Nossa cultura é produto da contribuição de povos do mundo inteiro. Mas a capacidade de absorção sem descaracterização tem limites. A cultura precisa de um tempo próprio – muito diferente do tempo da exploração da indústria cultural – para digerir e recriar. Precisamos de medidas claras e concretas que protejam nosso patrimônio e diversidade culturais, que nos permitam construir uma visão própria sobre nosso passado, viver plenamente nosso presente e construir soberanamente nosso futuro.
Valério Bemfica é presidente do Centro Popular de Cultura da UMES-SP