terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Feliz Ano Novo!


Mais um ano se vai, deixando tristezas, mas também alegrias
Mais um ano se vai, perdemos amigos, mas ganhamos novos
Mais um ano se vai, deixando fracassos, mas também vitórias
Mais um ano se vai e nos deixa mais experientes
experientes o suficiente para saber que o importante em nossa vida
são os detalhes. É o passeio na beira do lago, a corrida na praia, o andar
na vizinhança, só para ter o prazer de dizer: Oi vizinho, tudo bem?
Detalhes que nos fazem se sentir bem para encarar os desafios
Tudo que deixamos de fazer em 2008 vira lição
e certamente faremos em 2009.

Tudo que passou, tudo de ruim, tudo de bom

tudo é lição de como viver.

Aliás, como se vive?

Não sei, você também não sabe, ninguém sabe

O que sabemos é que a cada dia aprendemos um pouquinho mais

e vamos contruindo, passo a passo, nossa vida

Não existe tempo perdido, existem lições

Talvez se não tivéssemos "perdido" tempo, oportunidades

e momentos, não teríamos a maturidade necessária.

Nunca teremos maturidade plena, o amanhã está sempre

cheio de lições

A cada dia, cada hora, aprendemos mais

E assim seremos, sempre.

Feliz é aquele que sabe que não sabe tudo

Feliz é aquele que busca novas lições

A felicidade não depende de riqueza material

De luxo ou fartura

Mas sim dos detalhes, das idéias, da compaixão

Ser feliz é poder defender o que pensa, mesmo não realizando

Ser feliz é sonhar, viajar bem alto

Ser feliz é se enganar a todo momento e achar que o mundo é maravilhoso

Ser feliz é ser você

Sem máscaras, sem pozes, sem iludir ninguém.

A felicidade está dentro de nós

Mostremos nossa felicidade para contagiar o próximo.

FELIZ ANO NOVO!




ANP faz doação de petróleo e joga polícia contra manifestantes

Agência acionou a polícia para reprimir ato pacífico realizado no centro do Rio de Janeiro, deixando saldo de 50 feridos e três prisões

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) promoveu na quarta-feira (18) a 10ª Rodada de Licitações de Blocos de petróleo e gás natural. Foram ofertados 130 blocos, dos quais 54 foram arrematados, em sete bacias sedimentares terrestres: Potiguar, Amazonas, Parecis, Sergipe-Alagoas, Paraná, Recôncavo e São Francisco. A Petrobrás adquiriu 27 dos 54 blocos licitados.

O leilão foi precedido de uma série de manifestações em nove estados – inclusive com paralisações de 24 na Regap, Recap, Replan, terminais de Suape, Guarulhos, Guararema e Barueri e na Repar, onde os petroleiros permaneceram 33 horas em greve -, organizada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), CUT, sindicatos de petroleiros e diversas organizações do movimento popular, culminado com uma passeata na Av. Rio Branco, Centro do Rio de Janeiro, no dia 18.

Iniciada na Candelária, a pacífica passeata com cerca de 500 pessoas seguia pela Av. Rio Branco quando foi fortemente reprimida pela Polícia Militar e pela Guarda Municipal a pedido da ANP, tendo um saldo de 50 feridos e três presos, entre os quais Emanuel Cancella, coordenador do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ).

“A FUP repudia a atitude violenta da Polícia Militar, convocada pela ANP para reprimir estudantes, idosos, trabalhadores e militantes sociais que se manifestavam em defesa da soberania do país”, diz a entidade representativa dos petroleiros.

Segundo a FUP, “essa importante jornada de luta em defesa da soberania nacional terá que ser intensificada a cada dia, para que possamos garantir que as nossas reservas de petróleo e gás sejam patrimônios do povo brasileiro”.

Em ofício enviado ao presidente Lula, em novembro último, a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (Aepet) ressaltou que “para que prevaleça o interesse nacional no setor petrolífero, é necessário modificar a Lei 9478/97, pois esta é incoerente e inconstitucional. Nos seus artigos 3º, 4º e 21, a referida lei diz que as jazidas e o produto da lavra do petróleo são da União, mas o seu artigo 26, contrariando os artigos citados e a própria Constituição, diz que o petróleo é de quem o produzir”.

“A jornada de lutas contra a 10ª Rodada de Licitação, que a ANP levou a cabo, não suspendeu o leilão, mas mobilizou a sociedade brasileira em torno da importância de uma nova lei para o setor petróleo”, diz nota da FUP.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

A queda do tirano


Após um período que, para muitos povos, foi extremamente doloroso cai o tirano que governou o império americano por longos oito anos.

Sucedido de fortes críticas e de uma popularidade extremamente baixa, seja nos E.U.A ou fora dele, o "imperador" George W. Bush teve no voto democrático seu "impeachment" conclamado no momento onde o povo americano escolheu o opositor de sua chapa.

Durante a campanha eleitoral americana começou a se criar uma onda, uma onda "negra" para derrubar o regime opressor de Bush. O planeta respira mais tranquilo.

Um governo marcado por algumas dúvidas e algumas certezas que o condenam. Entre as dúvidas podemos destacar os ataques em 11 de setembro de 2001 onde aviões americanos são jogados em símbolos de poder do país, como o Worl Trade Center e o misterioso Pentágono. Este último nos indaga uma pergunta: como um grande avião de passageiros (Boing) se choca com o Pentágono e não sobra nenhum resquício convincente de avião?

Links para conferir sobre a farsa do 11 de Setembro:

Entre as certezas podemos citar a invasão do Iraque. Invasão sem a aprovação da Organização das Nações Unidas (ONU) e com motivos forjados. O governo americano alegou que tinha informações de fontes "seguras" (imagine de onde veio a informação) que o Iraque, sob o comando de Sadam Hussein, detinha armas de destruição em massa e que isso era um risco a humanidade. Passado anos de invasão, mortos espalhados por todos os cantos, famílias sendo exterminadas, crianças sendo assassinadas, cidadãos sendo torturados, enfim, um massacre instalado se descobre o que muitos já imaginavam: não há armas de destruição em massa.
Logo percebemos que os Estadus Unidos está se beneficiando do petróleo iraquiano, interessante.

O presidente dos E.U.A então, com todo seu senso de justiça, informa:

"A invasão do Iraque foi um equívoco, tiraremos em poucos ANOS nossas tropas militares do país".

Após os republicanos (sua chapa) terem perdido as eleições nos E.U.A, mas aliviado, o presidente americano Georg Bush faz uma última visitinha ao Iraque para, na minha opinião, cuspir na cara dos mortos. Um jornalista iraquiano, com toda razão, atira seus sapatos Bush, uma ofensa grave naquele povo. Infelizmente Bush escapou da sapatada, mas o jornalista, que realizou em seu ato o que muitos queriam fazer, não escapou das garras do presidente americano.  Muntazer al-Zaidi, o jornalista, foi preso e visto com marcas de tortura. Conhecendo os procedimentos americanos logo se conclui: se tiver poder você pode matar quem quiser e nunca será punido. E coitado de quem se oponha.

Sinto na frase do jornalista um grande sentimento de dor, de desespero quando diz ao jogar seus sapatos:

- Este é seu beijo de adeus, cachorro!.

Muntazer al-Zaidi se tornou um símbolo de atitude no mundo. Meus parabéns.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Boa Miséria!

Vou fazer um slideshow para você.


É comum, você já viu essas imagens antes.

Quem sabe até já se acostumou com elas.

Começa com aquelas crianças famintas da África.

Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.

Aquelas com moscas nos olhos.

Os slides se sucedem.

Êxodos de populações inteiras.

Gente faminta.

Gente pobre.

Gente sem futuro.

Durante décadas, vimos essas imagens.

No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.

Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.

São imagens de miséria que comovem.

São imagens que criam plataformas de governo.

Criam ONGs.

Criam entidades.

Criam movimentos sociais.

A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.

Ano após ano, discutiu-se o que fazer.

Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas nações mais poderosas do planeta.

Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.

Resolver, capicce?

Extinguir.

Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.

Não sei como calcularam este número.

Mas digamos que esteja subestimado.

Digamos que seja o dobro.

Ou o triplo.

Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.

Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.

Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.

Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares

(700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia.



É uma pena que esse texto só esteja em blogs e não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar.

Se quiser, repasse, se não, o que importa? O nosso almoço tá garantido mesmo...

domingo, 30 de novembro de 2008

Em que idioma nossos filhos sonharão?

Valério Bemfica 

Imagine-se, leitor, em um destes supermercados pertencentes a uma rede estrangeira. Em todas as gôndolas, prateleiras e balaios, há apenas cinco marcas de produtos, todas estrangeiras e oriundas de um único país, o mesmo da rede do supermercado. Mandioca made in USA, queijo minas made in USA, rapaduramade in USA, entre outros. O leitor fica indignado e procura o gerente: "Não adianta botar outro produto, o pessoal não compra". Insistindo na própria liberdade de escolha, o leitor responde: "É claro que não compra, não tem na prateleira". Com fina ironia, o gerente da multinacional conclui: "É só procurar, nas prateleiras lá em cima e lá embaixo, nós temos 0,5% de produtos brasileiros!"

Ao procurar um estabelecimento brasileiro, surpreso, o leitor percebe que somente as mesmas cinco marcas estão expostas. Fubá de Oklahoma e inhame do Kansas. Indaga a outro gerente que responde: "O pessoal não gosta do produto brasileiro, só das coisas gringas. Mas se o senhor fizer questão, temos uma prateleira, no segundo subsolo, com 6% de produtos nacionais. Fazemos até promoção". Injuriado, o leitor corre para o velho e bom armazém de secos e molhados. E qual não será sua surpresa ao descobrir que eles se mudaram para os shoppings e que a maioria foi comprada por uma rede americana! Depois de pagar o estacionamento e de recusar inúmeras ofertas de pipoca em quilo e refrigerante em litro, o leitor vê prateleiras de feijoada enlatada diretamente do Kentucky. O gerente ainda explica: "Temos o maior respeito pelo produto nacional, mas ninguém quer. Fazemos promoção às segundas-feiras, tudo por R$ 1,00. Temos cerca de 9% de produtos brasileiros". Cansado e furioso, o leitor sente que não adianta argumentar e vai para a feira livre. Para a sua tristeza, o que encontra nas barracas são apenas imitações – de origem e qualidade duvidosa – do que encontrou nos grandes atacadistas. Indaga a um feirante, que retruca: "O pessoal só quer saber de coisa gringa. É o que tem no supermercado."

Ao substituirmos, nesta pequena fábula, a comida pelos produtos audiovisuais, a rede estrangeira pela da TV a cabo, a rede nacional pela TV aberta, o armazém pelos cinemas e a feira livre pelos camelôs, temos um exemplo da dura realidade da nossa cultura. Totalmente dominada pela indústria estrangeira, a distribuição da arte no Brasil deixou de atender à lei máxima do mercado: a oferta e a procura. Ao dominar o ciclo produção – distribuição – exibição, não mais do que meia dúzia de empresas multinacionais decide o que fará ou não sucesso no Brasil. 

Os números citados não são aleatórios. O produto audiovisual brasileiro ocupa 0,5% do mercado de TV por assinatura, 6% do de TV aberta e 9% da programação dos cinemas. Na música cerca de 90% do que toca nas rádios – e do que é vendido nas lojas – provém dos estoques das multinacionais, sejam enlatados puros, sejam imitações de sua estética. Quanto a pertencerem a apenas cinco marcas, tampouco estamos brincando. No audiovisual, mandam: Warner, Buena Vista (Columbia), Fox, UIP e Sony. Na música: Universal, Warner, Sony/BMG e EMI. Se nosso leitor fictício fizesse uma busca na internet, procurando as composições societárias de tais companhias, descobriria que elas se cruzam em diversos pontos. Constataria também ligações entre elas e os supostos distribuidores – Cinemark, Sky, Net etc. Se fosse um pouco além, o leitor verificaria que a própria internet – suposta ilha de liberdade da pós-modernidade – também é dominada, tanto em seus provedores de acesso quanto nos de conteúdo, quase totalmente pelas mesmas empresas, em uma intrincada rede de fundos de investimentos, participações, acordos operacionais.

Vinte anos de ditadura ensinaram-nos a repudiar a censura. Ficamos com medo da ingerência do Estado sobre a criação artística. Lutamos bravamente para que o direito à livre criação e expressão seja mantido. Mas parece que, no afã de defender a liberdade do artista, acabamos por consolidar a liberdade de ação dos oligopólios estrangeiros. Nos anos de neoliberalismo, vimos a Embrafilme fechar as portas, as teles serem privatizadas, as cotas de exibição reduzidas, o financiamento à cultura ser entregue ao mercado e o capital estrangeiro ser autorizado a comprar 30% dos nossos meios de comunicação. Nos próximos dias corremos o risco de o Congresso Nacional autorizar as empresas multinacionais a dominarem 100% de nosso mercado de TV por assinatura.

Quanto ao sonho dos nossos filhos, se o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães - o nº 2 do Itamaraty - está correto ao afirmar que são as manifestações culturais as responsáveis por criar e interpretar o imaginário nacional, o que nos possibilita uma consciência enquanto Nação sobre o nosso passado, presente e futuro, o que estamos fazendo ao entregar à indústria cultural estrangeira o nosso imaginário? Nada mais, nada menos do que entregando a ela a nossa história, o nosso dia-a-dia e o nosso porvir. Os menos jovens têm uma alternativa: apegarem-se aos valores, convicções e ideais desenvolvidos antes do domínio absoluto das multis sobre o nosso imaginário. Os mais jovens têm pouca escolha. O seu imaginário está sendo praticamente todo construído de fora. Para ser mais exato, têm 0,5%, 6% ou 9% de liberdade. O american way of life penetra diariamente em suas mentes, cativa seu olhar, vicia seus ouvidos. Espera-se com isso que o pano de fundo de seus sonhos possua 50 estrelas e listras vermelhas e brancas. Em poucas palavras, que sonhem em inglês.

É possível reverter esse processo. Nossa cultura é produto da contribuição de povos do mundo inteiro. Mas a capacidade de absorção sem descaracterização tem limites. A cultura precisa de um tempo próprio – muito diferente do tempo da exploração da indústria cultural – para digerir e recriar. Precisamos de medidas claras e concretas que protejam nosso patrimônio e diversidade culturais, que nos permitam construir uma visão própria sobre nosso passado, viver plenamente nosso presente e construir soberanamente nosso futuro. 

Valério Bemfica é presidente do Centro Popular de Cultura da UMES-SP

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O "pré-sal" é nosso!

Acho que devo iniciar com um assunto que está na ordem do dia, o petróleo encontrado na área pré-sal.
Trata-se de, talvez, a maior descoberta de petróleo do mundo. Uma reserva estimada entre 100 bilhões e 300 bilhões de barris de petróleo. A Arábia Saudita, maior produtora de petróleo do mundo, possui uma reserva de aproximadamente 140 bilhões de barris.
Tendo essa noção de tamanho podemos perceber a importância dessa descoberta brasileira.
Para onde vai esse petróleo? A que interesses vai servir?
São perguntas interessantes que devemos nos fazer. O petróleo hoje tem grande valor comercial, mesmo com a crise internacional e com a queda do preço do barril. Sendo assim, existem grandes corporações e países interessados nesse nosso patrimônio. Temos que estar atentos pois seus interesses certamente não são para desenvolver nosso país e nosso povo. Na verdade esse petróleo pode significar ao Brasil a solução de graves problemas existentes hoje, como a distribuição de renda e igualdede de oportunidades.
Hoje existe uma baixíssima parcela de jovens na universidade, sendo em sua maioria, pessoas de classe média ou alta. A verdade é que o filho do pedreiro não tem as mesmas oportunidades que o filho do doutor, afinal, na universidade pública quem ocupa a maioria das vagas são estudantes que tem condições de pagar uma universidade privada.
O petróleo descoberto, se usado para educar nosso povo, pode significar acesso a universidade pública e gratuita para milhões de jovens que hoje não tem perspectiva de vida e acabam inchando as esferas do crime. A melhoria na qualidade de educação básica oferecida nas escolas públicas. Consequentemente menor criminalidade, menos desemprego e mais capacitação.
Estamos falando sobre um grande passo na história brasileira e mundial, que pode beneficiar o povo brasileiro ou mais uma vez atender aos interesses imperialistas norte-americanos (maiores interessados em nosso petróleo).
Defendemos nossa nação a qualquer preço. Queremos educação, queremos trabalho digno, queremos uma sociedade justa.
O pré-sal é nosso! É do povo brasileiro.