domingo, 16 de maio de 2010

Querer, acreditar, poder e apostar

Eu só queria dizer;
Eu só queria poder;
Queria poder saber;
Queria ter o direito de saber,
saber que posso dizer o que sinto que devo fazer.

Queria entender;
Queria acreditar;
Queria acreditar que posso entender;
Queria saber o que posso fazer, o que devo dizer e entender o que sentir.

Devo saber;
Devo entender;
Não sei se devo dizer;
Não sei se devo acreditar, se posso acreditar e se posso sentir.

A única coisa que sei é que já não sei de mais nada.
Sei o que quero, mas não sei se devo querer;
Não sei se posso querer e isso eu deveria entender, mas não entendo.
Não sei se devo acreditar e nem sei no que.

Devo esperar;
Esperar algo acontecer;
Mas não encontro o saber;
Pois não sei o que vai ou o que deve acontecer.

O que sei é que estou aqui;
Esperando respostas de eu mesmo;
Respostas que não dependem só de mim,
mas que serão as respostas que determinarão a continuidade ou o fim.

Acredito no que quero e no que não quero;
Acredito no que devo e no que não devo;
Acredito nas pessoas como elas são;
Estou aqui, pagando pra ver, qual vai ser a sua reação.

Eu estou aqui;
Disposto a acreditar;
Mesmo sem saber;
Mesmo sem entender.

Estou disposto a acreditar e me arrepender;
Estou no jogo e o jogo é pra ganhar ou perder;
Estou querendo apostar;
Mas não sei onde a roleta vai parar.

O que sei é que já escolhi em qual jogar.
A roleta está a girar;
Eu a esperar...
E o resultado só o destino irá revelar.

Douglas Bresolin

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Reflexão Sobre Homossexualidade

"Em uma conversa com um amigo discutiamos a respeito de pessoas homossexuais. Ele dizia que, segundo o ciclo da vida, as pessoas deveriam ser heterossexuais para que, assim, a reprodução da espécie não se perdesse. Finalizou com a afirmação de que o homossexualismo não passa de uma aberração da natureza comparando até com diversas doenças neurológicas. Talvez sua ideia faça sentido analisando friamente ou somente quanto ao ciclo evolutivo atual e de antigamente. Porem discordo dessa maneira de ver as andanças da vida. Talvez por meu combate ao preconceito, talvez por minha mente apaixonada por poesia ou por crer até o fim no amor chegando a colocá-lo como valor fundamental existente. Acredito que quando nascemos não temos a certeza do que vamos gostar quando adultos. Até porque não há a necessidade disso. As coisas acontecem. Brotam. Manifestam-se. Assim como descobrimos que não gostamos de beringela e sim de tomate. É natural. É a forma que encontramos para ser felizes.

Então não concordo e penso ser uma lástima quem pense que o gosto seja uma aberração. Pois se preferimos homem a mulher, tomate a beringela, inter a grêmio, a escolha é exclusivamente nossa e ninguém possui a moral de julgar e criticar. E pensando bem, não concordo mais que o homossexualismo ande contra o ciclo da vida. Talvez seja falha de Deus, ou de quem criou tudo isso, de permitir que o amor seja reprodutivo somente a pessoas diferentes sendo que todos têm o direito de amar e colher o fruto desse afeto."

Texto de Gabi Balhejos.